terça-feira, 23 de agosto de 2011

Fungo Biodiesel: fonte de biocombustível



Fungo descoberto na Patagónia pode ser fonte de biocombustível
Um fungo descoberto por cientistas norte-americanos na Patagónia, região no sul da argentina, é capaz de produzir substâncias como as que se encontram no gasóleo, podendo representar uma nova fonte de energia limpa.
Baptizado como Gliocladium roseum, o fungo gera moléculas que produzem hidrogénio e carbono, semelhantes às que se encontram no gasóleo, segundo a BBC.

O fungo foi encontrado por uma equipa de cientistas da Montana State University, nos Estados Unidos, num ulmo, uma espécie de árvore existente nas florestas tropicais.





«Quando examinámos a composição do Gliocladium roseum - veja a foto acima - , ficamos totalmente surpreendidos ao ver que ele estava a produzir uma variedade de hidrocarbonetos e derivados de hidrocarbonetos», disse Gary Strobel, que liderou a pesquisa.

«Os resultados foram totalmente inesperados», afirmou, acrescentando que «este é único organismo que demonstrou ser capaz de produzir esta combinação importante de substâncias combustíveis».

O cientistas cultivaram o fungo em laboratório e verificaram que ele foi capaz de produzir um combustível muito semelhante ao gasóleo usado nos automóveis, que apelidaram de "micodiesel".

Segundo Strobel, este fungo pode ser uma fonte de biocombustível superior às que se utilizam actualmente, já que consegue produzir "micodiesel" directamente a partir da celulose, o principal composto das plantes e do papel.

As plantas utilizadas para produzir biocombustíveis precisam de ser processadas em primeiro lugar para depois serem convertidas em compostos úteis, como a celulose.

«Isto significa que o fungo pode produzir combustível saltando-se um grande passo no processo de produção», explicou Strobel.

Os investigadores, que agora estão a trabalhar para desenvolver o potencial de produção de "micodiesel" do Gliocladium roseum, publicaram as suas descobertas num artigo na revista científica "Microbiology" (BBC, 7/11/08)

Fonte:http://www.brasilagro.com.br/index.php?noticias/detalhes/11/11263 acesso em 23/08/2011

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mp3 player pode causar surdez



A Sociedade Brasileira de Otologia fez, no último dia 10 de novembro, “dia da audição”, um alerta sobre o uso excessivo dos fones de ouvido. A onda do momento são os aparelhos Mp3 player, Mp4 player e similares, cada vez mais utilizados, principalmente, pelos jovens. O que pouca gente sabe é que o som emitido por tais dispositivos chega à casa dos 115-120 decibéis, o que corresponde ao som emitido por uma turbina de avião durante a decolagem. Para se ter uma referência mais dentro de nossa realidade, o som emitido numa conversa normal está na casa dos 60 decibéis e o vento nas folhas atinge 10 decibéis.

Uma pesquisa feita por especialistas do Hospital das Clínicas, em São Paulo, mostra que 35% dos casos de surdez devem-se à exposição prolongada a sons abusivos, como os do trânsito dos grandes centros, trabalhos com máquinas, shows, carros, festas , além dos Mp3 players e dos antiquados discmans e walkmans. O grande problema é que essa perda da audição é irreversível, o que exige uma maior preocupação preventiva. E, realmente, é preciso levar a sério. Os otologistas (médicos especialistas em ouvido) afirmam que pessoas que se submetem aos sons altos por muito tempo devem ter, aos 50 anos, os mesmos problemas auditivos apresentados por uma pessoa de 70 anos que não se submetera a tal situação, e cuja perda auditiva decorreu-se da idade, processo conhecido como presbiacusia. Admite-se que a presbiacusia resulta de uma combinação de vulnerabilidade genética, doenças e/ou distúrbios metabólicos (diabete, por exemplo) e exposição a ruídos. É um processo degenerativo de células sensoriais do ouvido interno e fibras nervosas que conectam com o cérebro.

Para entender o que a exposição a sons altos pode causar, colocamos uma sinopse de como o som chega ao cérebro (veja o desenho abaixo do aparelho auditivo).


O ouvido humano é um complexo sistema analisador de sons, e mostra-se dividido em três partes: ouvido externo, o ouvido médio e o ouvido interno. O som capturado pela orelha propaga-se pelo canal auditivo e promovem a vibração do tímpano, uma membrana situada ao fundo do ouvido externo. As vibrações do tímpano são transmitidas a três ossículos (materno, bigorna e estribo) que encontram-se no ouvido médio, onde as vibrações são intensificadas e transmitidas à cóclea, já no ouvido interno. O interior da cóclea é dotado de células sensoriais, conectadas ao nervo auditivo, que leva os impulsos ao cérebro, onde ocorre a decodificação.

Portanto, sempre que puder proteger sua audição dos sons exacerbados, protege-a. Use protetores quando trabalhar com máquinas que emitem barulhos, evite aparelhos de sons ligados muito altos em casa ou no carro, distancie de caixas de sons em shows e, ao usar um fone de ouvido, não ultrapasse o volume de 50% ou 60% da capacidade do aparelho (de modo que os amigos ao redor não escutem o som) e evite esse ato por mais de 2 horas por dia. Sua audição agradecerá.


























*Credito: Evandro M. de Oliveira é Bacharel e Licenciado em Ciências Biológicas pela UFV-MG, e Pós-Graduado em Biologia pela UFLA-MG. Professor do Ensino Médio e Pré-Vestibulares desde 1988.