quinta-feira, 15 de maio de 2014

ANMAIS ESTRANHOS: verme cabeça de martelo

       
Bipalium kewense, conhecido em inglês como “verme cabeça de martelo” (hammerhead worm), é uma criatura estranha.
Com nenhum sistema respiratório, sistema circulatório ou esqueleto, esse cara, que tem a boca e o ânus no mesmo lugar, é quase impossível de se livrar. Isso porque, se você resolver cortá-lo para matá-lo, só vai criar mais deles. Explicamos.
O verme cabeça de martelo pertence a um dos grupos de animais mais primitivos do mundo, os platelmintos. Predatório, chegando a 60 centímetros de comprimento, esse verme é uma ameaça global.
Não porque representa qualquer perigo para os seres humanos, mas sim porque se alimenta exclusivamente de minhocas. Como qualquer um que já teve um jardim sabe, as minhocas são os mocinhos – o que faz desses vermes os vilões.
Nativos do trópico e zonas temperadas da Ásia e Australásia, vermes do gênero Bipalium invadiram quase todos os cantos da Europa e Estados Unidos. Eles amam em qualquer lugar que é escuro, frio e úmido, por exemplo sob pedras, troncos ou arbustos. Apesar de odiarem lugares secos, podem resistir a curtos períodos de dessecação enrolando-se em uma bola e se envolvendo em muco.
Vermes cabeça de martelo deslizam pelo chão movidos a muco, segurando suas cabeças em forma de lua no alto enquanto se movimentam para trás, para a frente e para os lados. Uma vez que localiza uma minhoca, o verme a domina em uma camada de muco e a corta em vários pedaços.
Para se alimentar, o verme estende sua faringe para fora de sua boca, secreta enzimas que dissolvem a minhoca, e digere a carne amolecida. Uma vez que a minhoca foi processada para seus nutrientes, é excretada para fora pelo mesmo orifício por onde entrou.
Por esse comportamento atroz, você pode pensar que a vingança perfeita ao verme cabeça de martelo seria também cortá-lo em pedaços. Só que essa é a pior coisa que você poderia fazer, se seu objetivo é se livrar dele.
hammerhead-worm
Verme sem-fim que é, se cortado em pedaços, em qualquer sentido, cada um deles pode tornar-se um novo verme, perfeitamente funcional, ao longo de duas ou três semanas.
Durante este tempo, os fragmentos irão ficar mais longos e estreitos, e uma cabeça achatada em forma de pá irá se formar em uma extremidade.
Todos os vermes do gênero Bipalium tem capacidade de regeneração, mas esse em especial de que estávamos falando - Bipalium kewense – inclusive se divide propositalmente em vários pedaços como parte de uma estratégia reprodutiva assexuada conhecida como fragmentação.
Os fragmentos do verme são imediatamente móveis e só precisam de um par de semanas para atingir a idade adulta. Um único verme cabeça de martelo pode liberar de um a dois fragmentos para a reprodução a cada mês.






É. Se pudéssemos quebrar um pedaço de nosso corpo para fazer uma versão mais jovem de nós mesmos provavelmente também faríamos isso. [AustralianGeographic]
Bipalium kewense é o nome científico de uma espécie de verme achatado pertencente ao grupo dos Terricola, os platelmintosterrestres de vida livre (não-parasitas). Trata-se do maior platelminto de seu tipo, chegando a 60 centímetros de comprimento. É um predador de pequenos animais como moluscos e vermes menores e costuma ser encontrado em solos úmidos. Assim como todos os platelmintos, ele pode ser cortado, ou partido em vários pedaços e cada pedaço dará origem a um novo indivíduo inteiro. 
Acredita-se que seja nativo do Sudeste Asiático, mas foi espalhado pelo mundo trazido acidentalemente em navios e hoje pode ser encontrado em vários locais, incluindo: América do Norte, Austrália, ilhas do Caribe, América do Sul, África e Madagascar. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bipalium_kewense

sábado, 3 de maio de 2014

Tricomoníase - Trichomonas gallinae

Tricomoníase - Trichomonas gallinae

Uma doença que está matando pequenos pássaros no Reino Unido se espalhou para a Europa. A doença já foi encontrada na Finlândia, Noruega e Suécia e corre o risco de se mover para mais longe.
A doença, chamada tricomoníase, é causada por um parasita e foi vista pela primeira vez em tentilhões no Reino Unido em 2005. Desde então, os pássaros de pequeno porte da região já caíram até 35%. A tricomoníase emergiu como uma ameaça muito séria para estas aves, por isso veterinários e ornitólogos devem colaborar para determinar se há uma maior disseminação e se é possível monitorar o impacto do parasita em populações de aves selvagens na Europa.
O parasita que causa a doença, Trichomonas gallinae, já tinha sido encontrado em pombos e os cientistas acreditam que, de alguma forma, foi passado entre outros pássaros.
Os gráficos mostram como a doença mudou-se de municípios centrais e ocidentais na Inglaterra para o leste em 2007, depois para a Finlândia, Noruega e Suécia em 2008, bem como se propaga ainda mais em todo o Reino Unido.
Os pesquisadores acreditam que a migração dos pássaros foi responsável pela propagação.
Enquanto os tentilhões têm sido mais duramente atingidos, a doença também foi diagnosticada em inúmeras outras espécies de aves, incluindo o pardal, já ameaçado de extinção.
A equipe de pesquisa diz que agora é fundamental tentar entender a tricomoníase e controlar a sua propagação. Quando se vê uma queda brusca de população, é mesmo algo com o que se preocupar.
Por isso, os pesquisadores estão pedindo para serem avisados caso qualquer ave apresente os sintomas da doença: vagarosidade, letargia, aparentar estar meio perdida, quase sem voar.
Os surtos tendem a ser mais graves e mais frequentes de agosto a outubro. Embora seja difícil de tratar aves selvagens que sofrem da doença, os pesquisadores dizem que há coisas que as pessoas podem fazer para ajudar a limitar a propagação, como a limpeza regular dos alimentadores, dos pássaros e das superfícies de alimentação. [BBC]
fonte: http://hypescience.com/doenca-mortal-de-passaros-se-espalha-pelo-mundo/ acesso: 03/05/14

Doença Genética - Síndrome de Lesh-Nyhan


                  A síndrome de Lesch-Nyhan (SLN) 

        Conheça a horrível doença que faz as pessoas se canibalizarem ...
É uma condição muito rara causada por um único gene defeituoso no cromossomo X.
Tal como acontece com a hemofilia, mulheres, que têm dois cromossomos X, geralmente são portadoras assintomáticas do gene. Apenas um único caso feminino já foi relatado. Homens sentem os efeitos da doença.
O gene HPRT1 (Xq26) mutado leva a uma deficiência da enzima hipoxantina guanina fosforiboxiltransferase (HGPRT), essencial para o sistema de reciclagem de células vivas.
As células quebram DNA dentro delas por suas partes componentes. Estas peças, por sua vez, também precisam ser quebradas. Duas dessas peças, adenina e guanina, são responsabilidade de HGPRT.
Na ausência de uma enzima que pode quebrá-los corretamente, os compostos se acumulam até que se decompõem em ácido úrico. Ácido úrico irrita a célula e passa para o sangue, causando cristais na urina, também conhecidos como pedras nos rins. Este é um sintoma que ajuda os médicos a diagnosticar uma pessoa com síndrome de Lesch-Nyhan.
Um sintoma ainda mais horrível é um tipo específico de autolesão. Pessoas com a síndrome tendem a morder os lábios, a língua e a mastigar seus dedos. Às vezes, as lesões são apenas desagradáveis e formam cicatrizes, porém, em alguns casos, os pacientes podem realmente mastigar suas línguas e dedos.
O comportamento é tão comum que é considerado característico da síndrome, e deu-lhe o apelido de “síndrome da autocanibalização”. Além da automutilação e das pedras nos rins, retardo mental, comportamento agressivo e artrite gotosa são outros sintomas possíveis da condição.
Os médicos não sabem direito por que essa mutilação ocorre. A explicação mais simples é que o ácido úrico irrita as células, e as pessoas mordem seus tecidos mais sensíveis da mesma maneira que coçam uma picada de mosquito até sangrar.
Outra teoria é que os efeitos do ácido úrico no cérebro em desenvolvimento provoca uma falta de dopamina. Assim, a síndrome de Lesch-Nyhan seria como o “oposto” da doença de Parkinson: enquanto as pessoas com Parkinson não conseguem iniciar as ações que estão pensando em fazer, as pessoas com Lesch-Nyhan não podem se impedir de fazer as coisas que pensam. Se elas pensam em morder a si mesmas, fazem isso, mesmo que não queiram.
Ainda outra teoria diz que quaisquer lesões causam uma grande liberação de dopamina no cérebro de alguém com a síndrome. Em seguida, uma lesão acidental no rosto ou nas mãos traz boas sensações, que fazem com que as pessoas se machuquem mais de propósito.
Provavelmente há um componente psicológico para esse comportamento. Um tratamento possível para os pacientes com a síndrome que se mordem compulsivamente é a remoção completa dos dentes. Infelizmente, isso não impede que eles se arranhem.
A síndrome de Lesch-Nyhan é genética, e as mulheres com histórico da doença na família podem fazer exames para saber se são portadoras da mutação antes de engravidar. A condição afeta aproximadamente um em cada 380.000 nascidos vivos. Não existe nenhuma cura para a doença, apenas controle dos sintomas.
Fonte: 
http://hypescience.com/conheca-a-horrivel-doenca-que-faz-as-pessoas-se-canibalizarem/ acesso em 03/05/14
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